(Um papo que também serve para quem é solitário ou para quem está chegando agora)
Alguns de vocês tem me procurado para tirar certas dúvidas sobre os sonhos, tais deuses ou acontecimentos.
Quando você começa a trabalhar dentro de um Coven isso é normal, por isso é pedido que façam anotações dos sonhos, estudem mitologia, busque livros.
Afirmar sobre Deuses antes da Iniciação ainda é cedo. Pois vejo que ainda temos uma parcela ao escolher sobre quem iremos render culto e ser sacerdote ou sacerdotisa.
A jornada é infinita.
Minha experiência:
“Quando iniciei meus estudos na Wicca fui banhado pela cultura greco-romana, lia e relia e aquilo não entrava na minha cabeça e quando soube da cultura celta, da sua história, guerras e contos fantásticos que estavam na maioria do que se lia e se via nos filme foi como se eu estivesse voltando para casa depois de um dia de busca incessante.
Comecei a baixar pesquisas e livros sobre o povo Celta na internet, pois com 13 anos não tinha dinheiro nem para um picolé. E comecei e não parei.
Certa vez em um dos episódios cristãos que sempre acontece na historia desse universo, peguei malária e senti as dores como jamais quis ter outra vez. E agora? Recentemente havia saído de uma cultura cristã e abraçado uma cultura pagã que nem eu sei como e por onde ia, não havia ninguém para falar o que era certo ou errado na adoração de divindades. E nas minhas horas vegetando na rede eu via uma mulher de cabelos de fogo, só via mesmo, ela não falava ou trazia uma mensagem que eu tinha que prestar culto ou sei lá.
Foi só isso, só via a Deusa como Deusa, como Lua, como natureza, nunca com um nome bonitinho ou por que todos estavam adorando. Mais quem ia adorar se era só eu.
Me vi em um momento de clamar aos céus e a ela que me curasse. E me curou, pois acreditei e acredito nisso. Ver aquela mulher nunca havia contado a ninguém, pois iam dizer que era por causa do delírio da doença.
Enfim depois de estudar a encontrei como Brigit e não dei bola, pois era adolescente e não sabia como isso funcionava, e foi só em 2011 que comecei a prestar culto a ela por que já podia comprar livros e saber mais e tinha a segurança que precisava, pois era o momento. Então desde lá fui consagrado a ela e a ela jamais deixei de prestar meu juramento.
Só que nesse período vieram outras Deusas e Deuses de outros panteões e vejo da seguinte forma.
É como o totem de uma família, minha cultura se baseia nos Celtas e quando comecei a fazer rituais para me conectar com outros planos e sintonias abri as portas e eles sentiram que era o momento de surgir em dado momento em minha vida. Pode ter sido para me proteger de um inimigo (Sekhmet), me trazer a sensualidade (Bast), destruir quem poderia atentar contra minha família (Kali), me trazer a energia masculina em totalidade (Cernunnos), celebrar a etnia física de meu corpo e trazer fortuna (Lakshmi), celebrar o período invernal de minha alma (Cailleach), celebrar O Louco que está dentro de mim (Dionísio), honrar o meu nome e minha linhagem espiritual (Bran) e... (aqui fica aberta a porta de minha casa).
Entende agora? Que esse é o resultado de nossos esforços e sem limitação somos abençoados por todos, não importa o panteão. Limitarmos a um só por mera preguiça de saber quem é os outros ou sair em uma jornada é muito bom.
Somos seus filhos e eles nossos pais espirituais. Como pais honramos seus nomes e suas histórias, independentes de quais histórias sejam essas.
Buscadores estudem sobre eles, façam anotações, anotem os sonhos, encontre os seus simbolismos como, por exemplo, seus animais totens (nem sempre a coruja só será de uma Deusa de um panteão). Sua cultura, seu país de adoração, sua comida e até suas desavenças.
Peça na cara de pau para eles se mostrarem, não tenha medo, pare com isso de medo.
Aí sim quando você chegar no dia de sua Iniciação você poderá receber o grau e ser sacerdote ou sacerdotisa Dele e Dela.
Acho que é só isso por enquanto.
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